sexta-feira, 27 de maio de 2011

Solteira no Dia dos Namorados?

Aprenda a superar a pressão da família e dos amigos e passe a data feliz com você mesma



A tão pouco tempo do Dia dos Namorados, tem solteira bem-resolvida que se abala diante enxurrada de mensagens cor-de-rosa que juram: é impossível ser feliz sozinho. Até no seriado das personagens solteiras mais invejadas do mundo o final foi o mesmo: no último capítulo de Sex and the City, as quatro amigas terminaram com um namorado ou marido ao lado. Isso significa que finais felizes só são possíveis desse jeito?

Especialistas garantem que não, e ensinam que a culpa da infelicidade não é a falta de um companheiro, nem a pressão externa. A única responsável por sua felicidade é você mesma. “É um absurdo essa ideia de que para ser feliz tem que ter um par amoroso. Essa ideia gera muito sofrimento”, diz a psicanalista Regina Navarro Lins.

Até a Carrie de "Sex and the City" teve final feliz de noiva


* Problemas

E a dor pode vir de duas maneiras: para aquelas que ficam sozinhas em casa chorando no dia dos namorados e, o que talvez seja ainda pior, para as que se acomodam em uma relação insatisfatória porque acham que não vão achar nada melhor. “É uma procura desesperada, uma ansiedade que não deixa ninguém livre para escolher uma pessoa compatível. Aí a mulher fica a vida inteira tentando mudar o homem”, analisa Regina.

“O que mais vejo no consultório são os casos em que existe humilhação, o homem não dá segurança de seus sentimentos pela parceira e aqueles em que a mulher se contenta apenas com promessas, que nunca se concretizam. Muitas perdem anos da juventude à espera deste homem”, revela a psicóloga Laila Pincelli.

Claro que esse valor passado de geração para geração é difícil apagar de um dia para o outro. Ainda mais que tem sempre uma tia ou uma amiga pra “lembrá-la” constantemente de que você precisa “conhecer pessoas, ser menos exigente, ou continuará sozinha”. Aí chegamos a outro preconceito. “Solteira é um estado civil, sozinha é um estado de espírito”, lembra Laila. Afinal, você nunca se sentiu só estando rodeada por uma multidão?

Estar solteira não implica estar sozinha, de maneira alguma. Um emprego que te satisfaça, bons amigos, atividades que você adora e, eventualmente, alguém pra suprir suas vontades sexuais são mais do que necessários para qualquer pessoa se sentir plena. Colocar sua felicidade apenas em um dos aspectos da vida seria limitador e frustrante. “Não passa de uma grande bobagem esse senso comum dizendo que as mulheres só podem ter vida sexual com um parceiro fixo”, determina Regina


* Bom humor neles

Mas não tem como negar: é uma chateação aqueles comentários maldosos de familiares e o olhar de pena quando descobrem que você está solteira. “Tem que lidar com muito deboche e autoestima. Lembro que uma tia uma vez virou pra mim e disse: ‘Você não quer nada com nada, né, querida?’ Eu respondi na lata: ‘Não, tia, adoro sair com estranhos’.

Quem paga suas contas é você, então assuma sua posição e fique firme. Quem disse que a fórmula para ser feliz inclui ser casada, papel passado, ter filhos, até tal idade? Não! Quando alguém descobrir a fórmula da felicidade, me avisa”, brinca a jornalista e escritora Renata Rode, autora do livro “Separado, e Daí?” (Editora Parêntese).


* Vantagens da solteirice

A verdade é que não estar em um relacionamento é muito mais fácil do que estar em um. Quando você tem um namorado, precisa pensar sempre nele, analisar se as decisões vão fazê-lo feliz também, contornar o mau humor alheio (além do seu), agradar a família do moço... E a lista de vantagens da solteirice é longa: o controle-remoto é só seu, você não precisa ligar pra avisar que chegou em casa, pode dar uma folga para a pele espaçando mais a depilação, dormir em uma cama enorme sem alguém puxando seu lençol ,e por aí vai.

"Use o tempo livre pra investir em si mesma, fazer cursos, viagens, descobrir um hobby e passear com as amigas”, sugere Laila. “É claro que a solidão bate de vez em quando, mas canso de falar para minhas leitoras: vocês só vão encontrar alguém legal na vida (se quiserem) a partir do momento em que se amarem, se completarem e sentirem que não precisam de ninguém pra ser feliz”, conclui Renata.


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