O afeto é essencial na educação dos filhos, porém, os pais não podem se esquecer que colocar limites nas crianças também é necessário. E este é um dos grandes problemas na criação dos filhos, pois há certa desorientação por parte dos pais em relação à autoridade que exercem, alguns até se sentem inseguros em proibir coisas. E colocar limites não significa ser autoritário e privar a liberdade da criança, mas sim demonstrar autoridade.
Estabelecer limites para as crianças pode não ser tarefa fácil, mas é através deles que os pais vão poder ensiná-las a respeitar os outros e a si mesmas, reconhecendo ainda a diferença entre suas necessidades e suas vontades. A criança precisa aprender a esperar sua vez, a compreender que precisa compartilhar, ser gentil e tolerante. Por isso, as regras devem ser claras, objetivas, coerentes e acima de tudo, devem ser mantidas com segurança e firmeza.
Muitas vezes, ao ouvir um não a criança pode ter a reação de chorar, resmungar, brigar, fazendo com que os pais se sintam injustos. É importante que eles estejam prontos para tais reações e não se esqueçam de que os limites são para o bem da criança. A falta de limites da criança pode ter conseqüências negativas, afinal a criança que não aceita regras certamente terá dificuldades para conviver com os outros quando crescer.
Se mesmo com as melhores intenções de poupar os filhos de qualquer tipo de sofrimento os pais satisfizerem todas as suas vontades, podem acabar prejudicando neles o desenvolvimento da capacidade de enfrentar dificuldades e suportar frustrações.
Geralmente, depois do “não” dos pais vem um “por que?” dos filhos. E os pequenos têm sim o direito a uma resposta, Por isso, nada melhor que dialogar e explicar à criança em poucas palavras o porquê tem que obedecer. Por exemplo: “Não suba aí. Você pode cair e se machucar”. Quando um limite é aplicado e a criança entende o motivo para aquela ordem, se sente mais animada para obedecê-la.
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